Archive for janeiro 2017

Notas da Autora#3



MAOÊ.

Olha eu aqui, de novo :v

É QUASE MEIA NOITE, OU SEJA, SEGUNDA-FEIRA, MAS AQUI ESTOU!

Se passou um tempo desde que postei esse capítulo! Mas bem, tava mais que na hora né?



MUITO MAIS QUE NA HORA NÉ?pow, cê é loko, demorei pra postar e demorei ainda mais pq eu refiz o capítulo :v

Aliás, as minhas férias estão passando muito rápido, não sei a de vocês. São muitos nada pra se fazer em tão pouco tempo :v


(NÉ non?)

Mas ao menos, deveria ter comemorações, já que a nota do Enem saiu, não é mesmo? EU TO ERRADA OU TO MUITO ERRADA?

(Cheers)

NÃO! Até porque eu nem queria federal :v

Mas aos leitores, como foram no Enem? Sinceramente, essas ultimas edições foram bem monstros :v 
Mas capricharam nos temas da Redação <3 




AI você lembra que ainda tá esperando um resultado de um faculdade, e ainda tem aquelas coisas chamadas tenta pq senão vai ter que fazer um ano inteiro de cursinho Sisu/ProUni/Fies. Só de pensar nisso faz as minhas férias ficarem ainda mais rápidas :v

 Embora, sinto vontade de jogar tudo pro ar, como nosso amigo aqui :v (Até pq, todo dia alguém menciona "faculdade" e "trabalho". Calma, eu tô de férias ;-;)



Mas temos trabalho! Seja com escola, faculdade, cursinho ou sei lá mais o que!


ENTÃO É HORA DE ACORDAREM, RECRUTAS!

Fugindo um pouco do assunto, acho que férias é a oportunidade perfeita pra atualizar suas séries e iniciar algumas novas! Ou não, já que você esquece delas :v

Alias, alguém acompanha Supergirl? Eu estou bem ansiosa com o próximo episodio :v


(Eu amo esse gif cara)

 Se bem, que, lembrando da sinopse do próximo episodio e do ultimo episódio, fico assim:

(SANVERS É REAL! AGORA SÓ FALTA SUPERCORP!1!11!!!1)


Enfim, depois dessas notas cheias de gifs (sempre taco tudo de uma vez :v), o que acharam do capítulo? Tem sido satisfatórios? 

AH SIM!

Vale lembrar que para alguns que ainda não conhecem a história do jogo ou até Mystery Dungeon, acredito que uma rápida lida no ícone "História" irá ajuda-los! E se for o caso, sejam bem-vindos! 

O próximo capítulo será entre o dia 4 e 5/2/2017!

Espero ver vocês :v

*Aliás, obrigada á Neyde  Blacky, por corrigir e arrumar o meu capítulo! :3

Cyao!


Capitulo 2: A Fonte









A cena congelou. 

A Totodile ainda estava de cabeça baixa e desviava o olhar questionador de Ellie. 

Ellie se sentia desconfortável por tocar num assunto tão delicado. Ao menos, no seu ponto de vista. Não saber usar seus poderes seria uma desvantagem nesse mundo...

 Ela inspira o ar e suspira:

- Olhe... Você não é a única nisso.- E Sally levanta a cabeça devagar, com os olhos brilhantes. – Na verdade, eu já tive esse problema também.

- É mesmo? - pergunta esperançosa.

Engoliu o seco. "Deveria contar isso a ela?", pensou por um momento.

- Sim. Inclusive, eu tive a ajuda de um Pokémon... Espera. – Parou por alguns momentos, pensativa. E então se lembrou do Pokémon a qual havia mencionado.

Mas seria arriscado, não seria? Quer dizer, dar informações a alguém...que nem conhecia. E se fosse tudo mais uma interpretação da Totodile?

E por um momento, pensa o por que da sua real preocupação. Não era ela mesma, que se aventurava com coisas perigosas? O que era uma estranha que a ajudou, comparado ao que viveu? Ao menos, pensou assim. Deveria se arriscar, pois era isso que sempre fazia.

Mas suas aventuras trouxeram reflexões. Passou também aprendeu a escolher, pois havia consequências, boas e ruins.

Bem, agora que falara, deveria ir até o final.

- Por que.. você não vem comigo? Eu sei onde ele fica.- Se ofereceu, ainda receosa.

- Mas... – Sally recua - Está confiando em mim, assim de cara?- Esclarece.

Snivy prende a respiração. Se remexe, inquieta. Tinha certeza, que a Totodile não confiava nela, e o sentimento era recíproco. Mas ainda havia alguma inquietação em Ellie sobre Sally. E essa inquietação incomodava muito a Snivy. Mas as coisas eram assim, certo?

Embora, pensou, não signifique que eu deva fazer desse jeito...

Então, Ellie fica confiante e de ombros erguidos.

- Para ser sincera, eu me surpreendi. Aquilo foi uma ação nobre, você não querer me roubar. E hoje nem se encontra mais dessas situações.

Sally fica pensativa. É verdade. Mas isto não mudava o fato de os ter traído. Fecha as garras em punhos, que tremiam um pouco. Abre sua mandíbula a ponto de gesticular algo, mas Ellie intervém.

- Hey, não fica assim. Você me ajudou e eu te ajudo. É simples. - Diz, sorrindo. A confiança que ela exalava agradava Sally, a ponto de lhe permitir sorrir de volta.

- ... Bem, se é assim, então tudo bem. - E suspirou aliviada.

Era a primeira vez que alguém mostrava uma cortesia como essa. Sally se permitiu relaxar por um momento, porém, sabendo que teria que ficar com a atenção redobrada. Mas aquilo não deixava de ser confuso. Afinal, traiu sua antiga equipe para salvar Ellie, ou seja, o que teria a perder?

Não carregava bens materiais, e nem mesmo saberia o que fazer logo em seguida.

Oras. Uma pontadinha de felicidade surgiu em seu interior, como se uma semente fosse implantada em seu coração. Fazer algo como isso, diferente e ainda por cima com estranhos, lhe parecia estranhamente familiar. Não sabia explicar isso nem para si mesma.

Ah, uma hora eu descubro. E relaxou os ombros.

- Ah, espere um minuto, por favor.- Lembrou-se Ellie, de seu real objetivo de estar presente naquele lugar.

Snivy corre até a fonte e retira de sua mala um pequeno frasco de plástico. Mergulha na água e retira com o líquido transbordando. Fecha com cuidado e guarda, e volta estampando um sorriso e com passos saltitantes. Explica o fato a Sally, que demonstrava estar curiosa ao virar a cabeça para o lado. Precisariam daquela água mais tarde.

- Na verdade, eu tinha outra ideia de usar isso, mais pro futuro mesmo. Mas sei que isso será mais útil agora.

- Se eu tivesse frascos, eu te daria agora...- Lamenta Sally, chutando a areia.

- Oh, não se preocupe. - Responde, levantando a mão. - Eu tenho mais alguns frascos, mas pegar mais que uma dose é um insulto a esse lugar.

- Não seria só mais um pouco de água? - Indaga a Totodile.

- Em hipótese, sim. - Responde claramente. - Mas eu aprendi que devemos manter o equilíbrio, mesmo que seja só por mais um pouco de água. E essa água tem algumas propriedades bastante úteis. Na verdade, você verá em breve. - Comenta, com um breve sorriso. - E qualquer dia desses, eu posso vir aqui de novo. Talvez não valesse a pena carregar frascos de água se só irei usar um pouco agora. É muito peso.

- Ah. Bem, agora eu entendi.

- Certo. Melhor irmos indo, então?

- Você guia o caminho. - Responde tranquila, a azulada.

E Ellie percebeu: Sally tremia, mas menos que antes. Sendo assim, apontou o dedo para a saída e disse para prosseguirem.

- A viajem não é tão curta. Então vamos sair dessa Dungeon! Conheço um atalho! Vamos!


* * 


Depois de cruzarem o arco daquela gruta, percorrera o caminho até chegarem a uma luz branca, em silêncio. Logo em seguida, estavam do lado de fora. O Sol já não estava mais em seu pico de luminosidade, e Ellie apostaria que seria por volta das três horas da tarde. A Snivy percebe que Totodile se surpreende por estar numa floresta, e não mais naquele lugar cavernoso.

- Ah, não se preocupe. As Dungeons são lugares estranhos. Sabe, depois que você cruza a porta que leva a última Sala da Dungeon, você não surge na sala anterior. Na verdade, você para na entrada.

- É um caminho bem curto. - Diz, olhando para trás, enxergando a entrada escura da caverna.

- Isso já é outro mistério. - Responde sem cerimonias. - É uma pena que eu não conheço os segredos...

- Ah. Bem, pelo menos você explicou. Já é algo!- E sorri.

Ellie admira certa ingenuidade de Sally. Mas sabia que Sally, assim como ela mesma, ainda teria seus segredos. Como, e por que havia se aliado a um Team como Zubat e Koffing, por exemplo, exibia sinais de inocência perante numa equipe com más intenções. Talvez, fosse por isso. Deve ter se enganado para ter aceitado fazer uma equipe com eles. Afinal, não era pouco o crescimento de ladrões, lembrou.

Assim, continuando seus pensamentos, Sally possuía certas emoções e que demonstradas, a surpreenderam por tamanha ingenuidade. Agora Sally olhava para o alto, e depois para os lados, alegre. Se perguntava como uma jovem que aparentava ter a mesma idade que a sua fazia algumas escolhas inconvenientes.

Então lembrou de si mesma, e parou de pensar no assunto.

- Mas Ellie, se pudesse saber todos os segredos, você os aceitaria? - Indaga, voltando a olhar para ela.

Ellie para subitamente, surpresa com a pergunta.

- Bem, eu acredito que não... - Diz, calmamente, formulando a resposta. - Eu quero muito saber, mas é essa sensação de não conhecer que me motiva a seguir em frente. Assim as coisas ficam mais interessantes. O desconhecido é muito atrativo! Apesar de às vezes se mostrar perigoso... - Concluiu, abrindo um sorriso involuntário.

Sally parecia satisfeita com a resposta, mas voltou a fazer perguntas.

- Você tinha falado que iríamos sair da "Dungeon". Eu não sei o que são "Dungeons". - E gesticula aspas com os dedos. - São esses lugares estranhos?

Ellie explica que se tratava de lugares perigosos que guardavam segredos e tesouros, e que geralmente se localizavam na última sala do lugar. Para chegar até lá, precisaria passar por armadilhas ou até mesmo Pokémon Subchefes. Embora, geralmente não houvesse Pokémon no ultimo andar. Ao menos, não conheceu nenhum, mas ouvia boatos de lugares que estivera antes.

- Você já conhece bem. Já foi em muitas? E já viajou muito?

Sally soa quase que inocente, embora curiosa e corajosa, pensa Ellie. E a Snivy sorri docilmente. Percebe que a jovem ao seu lado não demonstrava mais um desconforto de antes, e em tão pouco tempo havia se acostumado a sua presença. A verdade, é que Sally se soltava a cada vez que perguntava algo a ela. Admirou a curiosidade.

- Bem... Já fui em algumas Dungeons, sim. Minha "aventura" começou há algum tempo. Eu busco por tesouros, e outras bugigangas que nem todos conhecem ou dão a devida importância.

- Por que?

Snivy para, e Sally também acompanha esse movimento. Poderia pensar em todas as repostas possíveis, mas se esquecera. Até que diz algo, como um sussurro:

- É divertido.

Sally fica surpresa com a resposta. Coça a nuca e recomeça a acompanhar os passos de Ellie.

Continuaram o caminho até que o final da floresta chegasse. O ambiente parecia tão abafado quanto a caverna, e não havia tanta luz solar pois mal chegava a passar pelas folhas grandes e vistosas. Sally sentiu gotas de água que escoam pelas folhas pingarem em sua cabeça, diferente da outra que a acompanhava, que ainda estava seca. E Ellie escondeu um riso. 

-Pode rir. Eu deixo. - Fala, começando a rir.

Snivy ri um pouco mais, até que se torna uma gargalhada. Sally sorriu, contagiada pela alegria. Segurou a ponta de uma folha, a centímetros de Ellie, e a puxou com força. O grito dela foi abafado pela grande quantidade de água que caíra na cobra.

- HEY! Você me molhou inteira! - Fala, olhando para si, abaixando a cabeça.

- Parece que o jogo virou, não é mesmo? - E a encara com um riso.

As duas ficam em silêncio por alguns segundos.  Até que Sally quebra a atmosfera quieta, fazendo uma careta e cai no chão, rindo.

- Meu Arceus, Sally, que terrível. – Caçoou num tom irônico.

- Hahahaha, okay, eu parei. Desculpa. - E se levanta remexendo a cauda, espirrando água para os arbustos. – Mas admita que você mereceu um pouquinho...

- Ah, pare. - E vira o rosto, ocultando um começo de riso.

Continuaram o percurso, enquanto Snivy secava seu rosto com um pequeno pano que trazia. O guardou na mala, depois de Sally acenar negativamente quando o ofereceu para ela se secar.

- Acho melhor acelerarmos um pouco Sally. Tenho a impressão de que vai chover. - Diz, olhando para cima, vendo que a luz diminui na sua intensidade por entre as folhas.

Dito isso, sentiu um pingo de chuva em seu nariz. Remexe-se desconfortada e começa a correr. Então ouvem um trovão, tão ensurdecedor que e Sally para, estática. Snivy parou depois de alguns passos.

- Sally! Por aqui!

A Totodile pisca e volta a correr. Quando alcançou Ellie, voltaram com o ritmo da corrida. Snivy diz que conhece um caminho que leva a uma caverna, embora sua voz começasse a ficar mais fraca assim que a torrente de chuva começou.  Então viram à direta e depois de empurrar arbustos e mais arbustos às pressas, chegaram finalmente a caverna. Pulam na escuridão, ofegantes e tremendo de frio.

Passaram-se alguns segundos, e Ellie dis em um fio de voz..

- Hey... A gente conseguiu...

- Pode crer. – E Sally se joga de costas e de braços abertos, arfando e recuperando o ar aos poucos. -  Acho que nunca corri tão rápido assim antes...

Snivy se senta mais confortavelmente, cruzando as pernas e revista a mala. Suspira tão alto que Sally pergunta o motivo.

- Sorte a minha! - Fala feliz, e continua a remexer no conteúdo. - Minha mochila quase estava aberta, e se eu perdesse esses itens aqui - e aponta para o frasco e a pedra, a Relic Fragment - eu estaria surtando agora. E isso não seria nada bom...

- Ouch. -exclama Sally, de repente. -Hey, Ellie...

- Ah, não se preocupe, eu estou melhor. – e não conformada com a cara de surpresa de Sally, continua a argumentar. -Sally, está tudo bem. Por que essa cara? Eu estou bem melhor! Veja, meu Relic Fragment está inteiro, bem aqui..

-Elli- E foi interrompida.

-GRUAHHHHHHHHHHHHH! 

E quando se virou, avistou uma criatura quadrúpede, coberta por uma armadura prateada e de aparência pesada, rugindo tão alto que  a fez tampar os ouvidos. Era um Pokémon da espécie Lairon, e estava irado, mostrando suas garras e presas afiadíssimas, brilhantes e grandes.


Ele surgira tão rápido que Ellie se pergunta se esses Pokémon da sua espécie pudessem ser tão velozes assim. Ou claro, talvez seja uma das exceções... 

Ele agora deu um passo a frente a elas. Exibia suas presas e sua cara não era de uma das melhores expressões: raiva.

- AH.- Berrou Sally. - ELLIE! FOGE!AGORA! CORRE!- E dito isso, nem teve tempo de impedi-la de se jogar contra o inimigo. 

Sally havia pulado nas costas do Lairon, que começou a correr e a se mexer ferozmente, descontrolado. Ele urrava e berrava algo incompreensivo, que Ellie assistindo a cena logo desistiu de entender. 

Ellie esticou seu braço e seu chicote estalou no chão, mas o barulho não foi o suficiente para sequer atrair a atenção dos integrantes da luta. Lairon andava de um lado para outro, e Sally fazia um tremendo esforçou para continuar se segurando nas escamas do Pokémon. 

-Sally! Sai já dai! - Diz, começando a se desesperar.

-FOGE LOGO!- Grita, desviando de outro ataque forte do Lairon, que por sorte atingiu a parede ao lado e que resultou em pedras jogadas para todos os lados. 

Então, quando menos esperou, ele trombou na parede, e Sally caiu para o lado, rolando no chão de pedra. Pedras de diferentes tamanhos voaram, e Ellie jogou seu chicote para impedir que uma pedra atingisse a sua face. E com isso, teve uma ideia. 

Lairon começou a recobrar a consciência, movendo sua cabeça para os lados, se virando para encontrar Sally ao se levantar.

- Ah, droga. - Murmura a Totodile, recuando alguns passos. 

Então Ellie joga seu braço para frente, com o chicote acompanhando o movimento, e quando viu a pedra atingira o Lairon com tanta força que ele quase tombou para ochão. Agora ele se virara, e Ellie se perguntou se fora a coisa certa a se fazer.

Pensou que por um momento, seria o seu fim e tudo estaria perdido. 

"Não é hora de me desesperar!". Engolindo o seco em sua garganta, tentando reunir o que restou de sua coragem.

Então fez a única coisa que achou plausível: jogou seu chicote e desejou que ele enrolasse nas pernas do Lairon que correu em sua direção, arrancando poeira do chão. E quando ele chegou perto, um segundo chicote surgiu, de seu outro braço. 

"SIM!", quase gritou, feliz.

Conseguira desbloquear seu outro poder, e quando viu, Lairon caiu, com um estrondo no chão. Sorriu, confiante, mas ainda não o soltou. O Pokémon reunia forças para se levantar, e quando abriu sua enorme mandíbula, Ellie se aproximou e jogou um objeto amarelo, passando direto pela garganta dele e Lairon engoliu, com uma cara de surpresa. Após alguns segundos de tensão no ar, ele finalmente desmaiou.

- Finalmente... - Sussurra, cansada. - Sally!

- HEY! O que é que foi isso?! - Exclama ao se aproximar de Ellie.

- Ah, foi um Sleep Seed. Um item bem útil, que faz o inimigo dormir em alguns segundos. Mas o efeito é temporário... - Falou, começando a se preocupar novamente.

- Ah, isso foi genial! - Após um momento de empolgação, viu que Laiorn se mexeu, e calou-se subitamente, temendo que ele acordasse ainda mais irritado. - Você me salvou... acho que estamos quites.

- Nossa, é verdade. - E estendendo os braços, subitamente os chicotes voltaram para sua dona, em silEncio. 

- Ah cara, eu tô feliz. 

- Eu também. Veja, estamos vivas. - Comenta, surpresa consigo mesma. - E a gente conseguiu. Mas Sally, por que se atirou e disse pra eu fugir? 

-Ah. Bem... eu não sei. 

-Como não sabe? - Pergunta, estática.

- Ah, sei lá cara...é complicado de falar...eu só queria que ninguém se machucasse! Mas acho que quase fomos pro beleléu hoje.

- Não, não...É só que foi um tanto imprudente, sabe? Se jogar e não pensar nas consequências. Mas foi nobre de sua parte.

- ...Hum... Bem... Eu sei lá. Mas não farei mais isso. Na próxima vez, vou pensar em como salvar outros e a mim mesma de forma mais.. aquela que a gente vive inteiro no final. Ou quase. - Comenta, um pouco confiante, mas feliz.

- Hum...certo. Mas devemos esperar a chuva acabar e ficar aqui com ele..? - Pergunta indecisa, olhando para o Lairon ainda desacordado, mas que mexia a pata dianteira inconsciente.

Sally anda até a entrada da caverna. Coloca o braço para fora e não sente nenhum pingo de chuva.

- OH! OLHA! - Exclama Sally, se virando. - Parou de chover!

- Isso é ótimo! - Comenta num súbito impasse de alegria, sabendo que se afastaria daquela caverna, e se junta a Sally, saindo da caverna.

- Vamos, devemos continuar!


* * 

O entardecer chegou tão rápido quanto o final da trilha. Viam as sombras das árvores se condensarem com as suas, e Sally soltou um bocejo lento e demorado. Espreguiçou-se com os braços para trás enquanto andavam.

- Hey, Sally... Eu queria dizer que foi uma atitude muito legal que você fez hoje. As duas, na verdade.

Ela se referia a salvar Ellie na Dungeon, de Zubat e Koffing. E a outra, que estava pronta para se sacrificar por ela, quando pediu que fugisse do Lairon.

Sally permaneceu quieta. Tencionou os ombros antes de falar:

- Eu não queria trair meus companheiros. Mas te roubar e te atacar depois seria horrível para mim. E eu não queria que alguém se machucasse. Por que não fugiu?

- Ainda não cumprimos nosso trato. - Diz, afastando um galho, e Sally o pegou assim que Ellie o solta. - E veja, depois que você tiver seus poderes, poderá sair por ai salvando outros Pokemon!

- É mesmo? Você... Acha que eu consigo?

- Sim! Coragem não te falta, e acho que você é determinada também. Você pode trabalhar em Jobs e Quests, salvando outros Pokémon ou até mesmo derrotando outros que são procurados!

- Isso seria incrível! - E se exalta.

Snivy se anima com o ânimo da Totodile, e começam a falar sobre as expectativas. Sally pouco sabia desse mundo, mas Ellie poderia ensinar ao menos o básico. Mas tinha a sensação que estava andando ao lado de alguém que seria grandiosa no futuro. E isso a deixava mais que feliz. Sally emanava uma aura inconfundível: boa, aconchegante e protetora. Tanto que em pouco tempo, se comportavam como grandes amigas.

Quando por fim anoiteceu, Sally percebe que seguiam uma trilha, iluminada por alguns pequenos postes com luminárias nas pontas.

- Hey! Chegamos! - Fala a Snivy.

E realmente chegaram. 

Tratava-se de uma pequena vila. Terminada a trilha, seguia-se o chão de pedras brancas e tão próximas que não se via nenhuma grama crescendo por entre as pedras. Havia também arbustos que indicavam os caminhos, e aquilo deixava tudo mais belo. O céu fazia sua parte: a lua cheia estava presente, ainda que se levantando aos poucos no horizonte. E ao seu redor, erguia-se uma abobada de estrelas, algumas ainda fazia parte do outro lado do céu, alaranjado e azulado.

Parecia que tudo era iluminado. Ouvia-se também, uma música agradável e animada no centro da vila, alguns metros a frente.

Passaram por uma ponte muito bem construída, que apesar do aspecto antigo, não rangeu nenhuma vez sequer sob seus pés.  A sua esquerda havia uma loja, com o balcão e paredes de pedra branca. Havia detalhes retangulares que formavam linhas e linhas, e o fundo da loja  era de um vermelho carmesim. Quando Sally viu, dois Pokémon atendiam: suas listras eram semelhantes aos detalhes da loja, e se destacavam por suas cores:  na cintura, ambos possuíam uma listra retorcida vermelha.
 
Um possuía a cor roxa e seus contornos se assemelhavam a um lagarto, com detalhes em verde, além de haver um círculo ao redor de seus olhos pretos.  O outro era verde com detalhes amarelos, igual ao anterior, se diferenciando somente ao aspecto da cor. Atendiam com empolgação os clientes, que também os tratavam com animosidade.


(Ignorem um pouco, pois está de dia :v)


Mais para frente havia um circulo, no meio da praça, onde outros Pokémon tocavam instrumentos e outros dançavam ao redor. Outras lojinhas com o mesmo porte dos Kecleon estavam espalhadas e bem organizadas, e havia vários Pokémon que perambulavam.

(Ainda está de dia, mas ignorem esse fato :v)


 Sally se encantou com a alegria e sorrisos e admirava cada movimento dos aldeões. Ellie tocou o ombro dela, informando para segui-la.

- Devemos ir agora, pois os Pokémon estão aqui. Aquele que estamos procurando não deve ter ninguém agora.

- É, tem razão. - E seguiu na direção da Snivy, indo contra o fluxo de Pokémon.

Passaram longe da dança, pois segundo Ellie, se chegassem perto, as puxariam para dançar até caírem os pés. Passaram pelas árvores que desta vez, recebiam mais destaque do que o chão de pedras brancas. Eram grandes e exuberantes, de uma tonalidade verde viva que transpirava tranquilidade.

Quando a musica já não poderia ser ouvida, chegaram a uma cachoeira, onde um Pokémon  de médio porte boiava e sorria. Não havia ninguém ao redor, de modo que estavam sozinhos.


(Ignorem a claridade :v)


O Pokémon peixe tinha a predominância de tom azul marinho, possuía um bigode amarelo e que se assemelhava ao chicote de Ellie. Eram grandes e chegavam até o final de sua cauda em formato de coração, olhos grandes afastados sobre a face, um “W” amarelo sob a cabeça e uma boca azulada destacada. Tratava-se de um Whiscash.


                                        

- Bem vindas. - Saudou com um sorriso. - Ansiava por sua chegada.

Elas se aproximaram, Sally seguindo Ellie lentamente.  Ela acena a cabeça e o braço em forma de comprimento, e o Pokémon responde acenando a  cabeça. Também acena para Sally, que receosa, faz o mesmo.

- Senhor Kevin, precisamos de sua ajuda. - Ellie começa. - Sally não conse-

- Eu vejo, jovem Ellie. Não se preocupe. - E olha para a outra a seu lado. - Mas é ela que precisa de minha ajuda. Se aproxime, minha pequenina.

Ellie acenou positivamente, como se confirmasse para Sally seguir as ordens de Whiscash. A Totodile caminhou até a borda da piscina, onde o Pokémon se encontrava. Ele a analisava e ela ficou parada.

- Senhor.. eu não consigo-

- Não diga isso. -  Fala calmamente. -Você tem um grande poder, mas está adormecido. Veja.

Com uma de suas barbatanas grandes estendidas em direção a ela, Sally entende para se agachar e dar o braço para ele. Ele circula duas vezes em sua mão e depois volta a sua posição normal.

- Você precisa desejar atacar ou se defender. Do contrário, será como se não tivesse poder nenhum.

- Mas eu quis ataca-

- Não... Não. - Pronuncia lentamente. - Hoje eu vejo em você, que quis proteger os inocentes. Iria se sacrificar de bom grado por aqueles que forem inocentes, ou preciosos para você, não?

- Sim. -E a resposta fora tão rápida que Ellie ao lado se surpreendeu.

Mas não poderia esperar nada menos de Sally. Fora um dos Pokémon mais corajosas que conhecera na vida, ainda que julgasse que uma pequena parte disso, devia-se a sua ingenuidade nesse mundo.

- Então está feito. - Conclui. - Você terá um grande destino. Todo o Pokémon deste mundo possui, seja em cada pequena ação, desde um simples sorriso a uma assinatura no papel. - E ele desvia o olhar de Sally, olhando para a Snivy. - Por acaso, Ellie... Aproxime-se.

Ela chega perto, pois mantinha uma distancia respeitosa até então. Ela se ajoelha e remexe a mala. Tira o frasco e mostra ao Whiscash, que analisa seriamente, para depois sorrir.

- Oh, Ellie. Por que não contou antes? Sinto o cheiro desta água há metros. - Exclama, alegre. - Vamos, use-a.

Ellie se senta e retira outros objetos, dispõe-los ao seu redor e ao abrir o frasco, pinga algumas gotas num pequeno pote verde. Retira com rapidez  um pequeno objeto, que Sally cheirou e ar e reconheceu que seria delicioso. Embora não soubesse o que era.

- Esta aqui é uma Blue Gummi,  Sally. - E levanta o alimento em direção a ela. - Não se preocupe, sei que gostará. - falou confiante.

Esmagou a Gummi, e se colocou a fazer o que estivesse determinada a fazer. Após alguns segundos, Ellie derrama o liquido azul em outra tigela e oferece a Sally e outro a Whiscash. Ele pega com seus tentáculos amarelos e leva a boca.

- Oh, delicioso como sempre, Ellie. Meus parabéns.

Sally levou a boca e experimentou. E em seguida, joga a cabeça para trás e derrama o restante do liquido. Quando termina, exclama:

ISSO é muito bom! Ellie, como conseguiu?!

- Eu aprendi há algum tempo. - Sorri. - Quando Whishcash me ajudou, ofereci esse suco em troca.

- E admito, minha cara, está muito bom.- Levanta a tigela, como se para confirmar o que dissera. -  Pois como te disse uma vez minha jovem, tudo vale a pena, quando a alma não é pequena.*

Ambos devolvem as tigelas vazias para Ellie, que guarda em uma parte separada de sua mochila. Arruma os outros objetos restantes com rapidez e logo está de pé.

- Bem, está na hora de irmos. Certo, Sally?

- Bem, eu darei meu melhor para conseguir usar meus poderes. - Diz, apoiando as mãos na cintura, com o ar confiante. 

- Muito bem. Mas antes que saiam... Sally... Responda-me uma coisa de vital importância, por favor.

Sally deu meia volta e ficou atenta a suas palavras. Ellie acompanhou o movimento, segurando a alça da mochila.

-Sally, você não se lembra de nada do que lhe aconteceu?






*Famosa frase do escritor português, Fernando Pessoa



Notas da Autora#2







E então pessoal, como foi a leitura?

*Spoilers mais abaixo*


Ow, eu revisei esse capitulo, e ainda acho que...Falta coisas. Sempre acho. É como um desenho, e você acha que ficou bom, e daqui a 5 minutos, se pergunta por que fez um erro daqueles. 

Sabe, dá vontade de jogar pro universo e dizer: AHHHHHHHHH POR QUE EU NÃO FAÇO NADA DIREIIITOOOOO?????? EU SÓ QUERIA FAZER UMA COISA BOA.

E olhe, estamos no primeiro capítulo :v (shit happens :p)

E quanto á Ellie? Ela é a mesma da fanfic anterior (leitores que leram a primeira fic, eu os invoco! :v), mas eu mudei...algumas coisinhas. Mais pra frente, vocês verão. Embora ainda mantive um pouco da essência dela. Penso assim, ao menos XD
Espero construí-la bem. :v Mas só espera né? Fazer Gijinka, que é bom, nada!

E quanto á Sally? E, ela tá sem....poderes. Á criatura que antes tinha instintos primitivos na luta, agora...não tem poder nenhum. Mas é temporário. Acredito eu  Mesmo porque, eles ainda estão no estágio de Pokémon :v

Ah e tem tanta coisa na fic que quero escrever, compartilhar essa minha historia dessa minhas personagens com vocês :'') *momento fofo do dia*  

MAS

Eu não sei como será daqui pra frente. Nossa White!! Estragou o momento :v

Não farei mais promessa, mas quero honrar com meus compromissos. Manter essa fic, é algo que quero fazer, embora...não sei como vai ser daqui pra frente. Mas estou empolgada. Tenho planos pra isso tudo :v

Não vamos depositar esperanças no nome de um ano (só na zueira, na zueira tudo é permitido, pois pensa, 2016.S ninguém merece né?) e espero que me acompanhem nessa jornada! 

Até o próximo capítulo! 









Capitulo 1: O começo






Acordou, ainda se sentindo zonza.

Suas mãos tremiam e suas pernas cambalearam e tornou a desabar no chão, sentindo algo raspar em seu queixo. Respira fundo, e ignora a ardência dos músculos rígidos: precisava continuar.

Com cada fibra de seu ser, seu objetivo nunca esteve tão claro: precisava sair dali. Ainda que sentisse sua consciência se esvair, seus instintos não lhe falhariam nessa missão. Acordaria daquele sonho para adentrar no mundo que era sua realidade, e sairia dessa confusão.

Consegue erguer o tronco do corpo, arfando arduamente até que fica de joelhos. Não, se recusaria ficar nesta posição: jamais se ajoelharia para alguém. Ninguém lhe poria deste jeito, não importa qual seja a situação, pois era mais que humilhante: estaria dando uma brecha para que arrancassem o que havia de mais precioso e colocar sua honra e dignidade no chão.

Impulsiona-se para cima, mantendo suas pernas separadas e equilibrando-se para não cair. Abre os olhos, com uma umidade que ameaçava a cair, mas não se deixaria levar, por mais que doesse. As costas ficam eretas e sua respiração muda, voltando a regularidade.  Pisca inúmeras vezes e coloca o pé para frente, seguindo de outro e mais outro, até que que se torna um ritmo, começando uma caminhada.

As pernas doem, e cada passo era como se fosse o último antes de se deixar cair novamente. Continua, por mais desequilibrado que fosse seu andar, por mais exaustivo que fosse, continuar fazendo algo tão natural: respirando, vivendo.

Não existiria, repetia para si. Mas viveria!

Viveria até que o último sopro de ar puro fosse a última coisa que se lembraria.

Continua a andar, esquecendo seu passado e tudo que deixaria para trás.

* * *


-Olá? Alguém está ai? Oláááá!!-gritou uma voz feminina.

A voz pertencia a uma criatura, que possuía olhos vermelhos. Eram envoltos por uma pele amarela, e que mais abaixo, no final do pescoço, começava uma especie de arco recurvado para trás. Seus braços, eram verdes, e seguia-se assim até cauda- exceto na barriga e nas pernas, que eram claras, assim como também, metade do seu rosto.

A figura semelhante à uma cobra continuou em silencio.

Seus passos ecoavam pela gruta úmida e quente, respirando o ar abafado e salgado. Ainda poderia jurar que ouvia o som do mar do outro lado da parede de rochas. Seus passos eram abafados pela areia, que produzia um “smursh, smursh” continuo.

Não havia nenhum sinal de qualquer ser vivo naquela sala. Segue em frente, ainda mantendo seu olhar atento e já a postos quando algo se mostrasse hostil. Passa pelo arco e entra na próxima sala, não percebendo muita diferença do lugar anterior. Seus passos são leves e um pouco apressados. 

Sua curiosidade é grande: o que mais deseja, é chegar ao final daquela Dungeon e obter algum tesouro.

Passa novamente por outro arco e enfim chegou a última sala.

As pedras eram de uma tonalidade marrom, e a água era tão cristalina que via seu reflexo muito claramente, quando se aproximou. A areia era um pouco mais rasa, quase não havendo nada, exceto nas bordas em que o chão e a água se cruzavam.




Olha para o frente, e onde havia o chão encontrando o teto, também havia uma fenda por onde passava a maior luz do local. Na sua posição atual, fazia um pouco de sombra no chão, e ignorou-as assim que retira da bolsa um pequeno fragmento e o rola entre os dedos.





Ergue seu braço até acima da cabeça,  vendo o sol em seu mais alto ponto do dia, ser tampado pela pedra. 

Então se vira, e olhou para baixo. Observa que há algo escrito no chão de pedra, e lê silenciosamente. E alegra-se com um sorriso. Era aquilo que viera procurando.

Seu sorriso se desfaz quando faz uma meia volta apressada e abrupta. Sentiu algo, como um farfalhar, e uma brisa tão leve que achou que poderia ser sua imaginação.

Vê alguém, mas some da mesma maneira que surgiu. Aperta o objeto e abre os olhos, e se manteve imóvel a ponto de ouvir somente a sua respiração. Seus batimentos seriam acelerados-mas aprendera a controla-los, de modo que não ficassem em disparada.

Mas foi derrubada, e arregalando os olhos, percebe que seu item caiu. Levanta-se antes mesmo de chegar a encostar-se ao chão e consegue pegar no sujeito.

-Devolve. - e aquilo não soa não somente como uma afirmação, mas uma ameaça.

E vê que se tratava de uma criatura pequena, com duas asas ao invés de braços, e de tonalidade azul e roxa purpura. Na boca, segurava seu precioso objeto, com dentes afiados, apertando sua mão e fazendo pequenos arranhões.


Joga seu braço livre para o lado e repete:

Devolve!

Chicotes verdes saem de seu braço, e com as pontas afiadas dirigidas ao oponente, que ficou paralisado, mas não menos surpreso.

Parece que por um momento, o chicote tem vida própria, e o inimigo hipnotizado sequer percebe que aquilo já tinha mais de um metro de altura e sumiu.

O impulso que o braço deu fora o mesmo que um tapa: porém, muito mais dolorido.

Ouviu-se um um "tchupá", e poderia dizer que os ouvidos do Zubat iriam zunir por um bom tempo, pensou por um rápido momento. Acertando em cheio o alvo, gritou novamente:

- DEVOLVE JÁ!

Mas a criatura não soltou sua mão, muito menos o objeto. Ele a encarou e apertou ainda mais as mandíbulas, a fazendo soltar um pequeno gemido de dor. Então, reagiu, novamente.

O movimento foi sem piedade: atinge o pescoço, fazendo-o se contorcer e largar o objeto, soltando um agudo grito de dor. Ele se afasta, recuando e protegendo a área inchada, com uma tonalidade vermelha. A Snivy pega o objeto e rapidamente o coloca no bolso extra de sua mochila, onde estaria seguro.

Vira-se e ainda olhando para o inimigo, corre em disparada a saída: precisava sair dali.

Mas cai na armadilha: outro inimigo, assemelhando-se a uma bola rocha se jogou em sua frente, a fazendo cair para trás, e por pouco, não batendo a cabeça na pedra ao lado. Ele riu, e fez uma cara de escárnio. 



Reprimiu um gemido de dor e tateou no chão rapidamente. Senta-se e arregalou os olhos. Olha para frente e vê que outra criatura estava com sua bolsa. Era jovem, e sua face era quase que indecifrável.

Ela rapidamente se afastou, andando para trás, mas não tirando os olhos da outra. No mesmo instante, a protagonista se levanta, com as sobrancelhas levantadas e olhos arregalados.

Viu que a criatura azul á sua frente estendia a mão, como se pedisse para "parar", e foi isso que fez.
 
- Joga pra cá! JOGA!-ouviu, vindo da voz aguda do Zubat.

Agora, o morcego se reuniu com a outra figura roxa- a que a derrubara. E olhando para o lado, eles estavam perto da saída. Mais alguns passos, e entrariam em vantagem, podendo nunca mais serem vistos.

Ambos sorriam, mas Zubat ainda esfregava com a asa o lugar ferido. Foca seu olhar não na vitima que mordera, mas mais distante.

 Segurando a bolsa com a mão esquerda, a criatura era azul e bípede, tinha olhos vermelhos rubi, envoltos numa área preta, que demarcava o contorno de seus olhos. Tinha uma mancha amarela no peito, como um "V"; um rabo com escamas também vermelhas, que mexia sutilmente. E com garras a amostra, afiadas e nem tão curtas para a espécie, apertou ainda mais a sacola marrom.





- JOGA PRA CÁ!-mandou o Zubat.

- É! Joga pra cá!- disse Koffing, se unindo á seu parceiro.

Mas a criatura semelhante a um réptil ignorou o comando dos Pokémon e dirigiu se olhar para a pequena cobra verde. A respiração trava e recua.

A Snivy tentou ler os pensamentos da criatura, mas não consegui. Embora suas feições demonstrassem uma certa parcialidade-duvida e confusão-, os olhos estavam distantes. Não, não sabia dizer o que aconteceria.

E ao continuar a observa-la, atenta, cogitou por um momento: "Poderia ser um golpe...Um ataque surpresa", pensou. Se fosse, realmente, essa Totodile seria uma ótima atriz.

Mas ela era diferente deles. Seus sentidos de fêmea indicavam isso, e eles nunca erraram. Bem, o que poderia fazer agora?

E sem se mover, a esverdeada vê a azulada pegando um punhado de areia nas mãos e respira. A areia então escorre quando fechou as mãos, e então abaixou o braço e o encostou no corpo.

A bolsa chegou mais perto e ao olhar para cima, via a Totodile com o braço estendido. Não consegue erguer o braço- talvez estivesse perplexa demais para se mover- e ao perceber isso, Totodile deposita a bolsa no chão, gentilmente.

-Me desculpa. Não vou roubar de você.-disse sem demoras, quase como que tivesse se segurado o dia todo para dizer aquelas palavras. E abaixou os olhos, se afastando.

Os demais Pokémon ficaram estáticos. Ela se vira e começa a andar, em direção a saída.

- COMO ASSIM VOCÊ DEU PRA ELA?! QUAL SEU PROBLEMA?!-esbravejou o morcego.

- SUA IDIOTA! Depois do que fizemos, você faz isso!- disparou em raiva, o outro.

Ela para e sua voz não sai, por mais que tenha abrido a boca. Eles se aproximam e lançam seus ataques, mas ela sequer tem tempo de recuar: é jogada numa rocha, sem chance de se defender.

Zubat prepara seu ataque, e Koffing investe com um Tackle.

A Snivy nem sequer pensa: se levanta e jogou o braço para frente tão rápido que achou que iria se desgrudar de seu corpo: seu Vine Whip chicoteia Zubat, que impediu seu ataque. Eufórica, não para: se virou com os pés, o tronco do corpo acompanhando o movimento, desce seu braço, atingindo o outro Pokémon, Koffing que cai derrotado em frente da Totodile.

Zubat, em um último movimento, atinge a cobra, com um Tackle, e ambos tropeçam. Ele deu pequenos saltos utilizando suas asas para escapar depois de infligir o dano, que começaram a ficar debilitadas. Se afastando, olhou para o Koffing, e grita:

- Vamos cair fora daqui!

E o Koffing se levanta, e com suas ultimas forças, corre em direção a saída. A sala volta num silêncio, exceto pela respiração pesada de Snivy. Percebendo o que fez, começou a se mover.
Ela deu alguns passos e pega sua mochila. Revista minuciosamente e suspira aliviada.

- Obrigada.-diz, sem cerimonias a Totodile.

Levanta-se e encaixa a alça no ombro, e andando até a outra, estende a mão, e não demora para erguer e a ajudar.

- Obrigada, novamente.-disse, se separando e guardando seus chicote. -Mas... Por que me ajudou?

A Totodile desvia o olhar e abaixou a cabeça.

-Hum... Você não fala?-indaga, movendo a cabeça para o lado.

- Não... Não é isso. Mas... Eu vi que você estava indefesa e tinha medo. É uma desonra atacar alguém assim...

- Mas isso não seria “dar o ultimo golpe”?

- Em um outro ponto de vista.... Mas indefeso? Não. Ainda que tenha chicotes poderosos- e aponta para o braço de Snivy- você tinha medo e insegurança. Não posso atacar alguém que não esteja decidida.

A Snivy sorri docilmente. Bem, ao menos esse Pokemon demonstrava alguma sutileza e sabedoria. Ajeitou sua posição, pois logo voltaria á caminhar.

- Bem, eu me chamo Ellie. – e estende a mão- E você?

- Eu me chamo Sally.

E rapidamente aperta a mão da outra, acena e desfaz o aperto.

- Mas Sally... Por que não atacou eles?

- Bem... Eu... Não sei como usar meus movimentos...-diz, constrangida.

- Como?- perguntou, com a testa franzida.

- Eu não tenho poderes. Eu devo ter desaprendido. 





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